quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

O TERCEIRO FILHO E O GOVERNADOR (Continuação -2ª parte de 4) Conto popular chinês -

... Houve, porém, um dia em que foi vender peixe sem levar a carpa dourada.
    Quando regressou, ela tinha desaparecido! Ficou a olhar para o vaso de cobre vazio e as suas lágrimas correram para dentro dele. Desse dia em diante, passou a sentir-se infeliz e só.
    Um dia, estava a pescar no rio, debaixo de uma figueira. A brisa fresca acariciava-o e o rio corria tão vagarosamente que ele adormeceu. Mas, de repente, acordou...Esfregou os olhos e viu um jovem da sua idade inclinado para ele, a bater-lhe no ombro e a dizer-lhe afectuosamente:
    — Não me conheces, meu irmão por juramento?
    O terceiro filho achou aquilo muito estranho porque não tinha jurado ser irmão de ninguém. Quem lhe poderia dar aquele tratamento?
    — Então não me conheces? — disse de novo o estrangeiro. — Sou teu íntimo amigo e tu és o meu benfeitor.
    O terceiro filho estava mais intrigado do que nunca e não sabia o que havia de responder. Por fim, o estrangeiro disse:
    — Eu sou a carpa dourada que tu salvaste e de quem trataste tão bem.
    Então, o terceiro filho começou a compreender. Ficou também a saber que a carpa dourada era o filho do Rei Dragão, senhor dos habitantes do mar. Naquele dia, tinha tomado a forma duma carpa dourada para andar cá fora a brincar e aquele peixe enorme tinha-o engolido. E fora graças ao terceiro filho que ele se tinha salvo.
    — Poupaste-me a vida, guardaste-me e alimentaste-me. Nem eu nem o meu pai jamais esqueceremos a tua bondade. Vim convidar-te para nos fazeres uma visita — disse ainda o filh
o do Rei Dragão.
    — Tenho muito prazer em ir contigo — respondeu o terceiro filho — . Mas como poderei andar debaixo de água?
    — Fecha os olhos e segura-te bem aos meus ombros! — disse o filho do Rei Dragão.
    O terceiro filho seguiu as instruções e quando abriu os olhos viu uma estrada muito larga que se estendia diante de si. Pouco depois chegavam ao palácio do dragão, com as suas colunas de cristal vermelho, paredes de cristal amarelo e telhas de cristal verde. Como as diferentes cores do cristal tornavam bonito o palácio!
    O Rei Dragão recebeu o terceiro filho com muita amabilidade e deu-lhe o melhor quarto e a melhor comida. O filho levou-o a passear no jardim onde havia muitas flores e frutos estranhos. Havia nozes de lichia sem caroço, doces como o mel, 'olhos de dragão' do tamanho duma chávena de chá e pêssegos sumarentos. Havia ainda no jardim bananeiras sempre verdes e muitas outras coisas maravilhosas que ele nunca tinha visto na terra.
    O terceiro filho já vivia há mais de um mês no palácio quando, um dia, disse ao filho do Rei Dragão:
    — Estou infinitamente grato pela tua amável hospitalidade, meu irmão! Mas como não tenho mais ninguém que olhe pela minha casa, devo partir.

  1.     — Se é realmente necessário, parte — concordou o filho do Rei Dragão. — Mas vem visitar-nos mais vezes. Outra coisa ainda: se o meu pai quiser dar-te um presente, pede-lhe uma galinha branca.

1 comentário:

  1. Pois e, este pai exigiu muito do filho ,mas este filho sabendo como era o pai que tinha ,com ajuda da esposa , levou sempre o que o pai lhe pedira ,sobe pena de o pai lhe mandar cortar a cabeça ,isto nao e pai e monstro ,e assim acabo o comentário a esta historia ,,,,,,,,,,,,,,,,
    M Fátima OLiveira

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